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Um “nascimento” é sempre promessa: para trás – porque provém do tempo cego em que se ouve o Mundo através de um corpo Outro; para a frente – porque marca o início da infância que é o lugar, tanto das possibilidades infinitas, como de todos os sonhos por excelência. Entretanto, ao crescermos vamos abrindo os olhos e provavelmente fechando no mesmo gesto os poros da nossa pele, sendo estes intrínsecos sinais, tanto real como metaforicamente, de que estamos no Mundo em abertura radical; por outro lado, e nos casos mais graves, deixamos de sonhar e apenas dormimos. O/as artistas estão, no entanto, vocacionado/as para sonhar; tanto que, além de o fazerem por si e para si, transformam essa matéria em obras, de arte, e colocam-nas à frente dos nossos olhos.
A MANOEUVRE é responsável por fazer as obras de arte também atravessarem mares e ares, contribuindo: para o fortalecimento do tecido criativo e artístico de África; para a vigência de personalidades artísticas singulares; e, concomitantemente, para ajudar a “sonhar a humanidade”. Porque o que devemos procurar é o humano, mais humano, esse ponto sem dúvida marcado pelo “nascimento”: que nos prova a simultaneidade fundadora, tanto quanto nos lança numa Terra que, ainda que assolada pela intempérie, podemos, e devemos sempre, melhorar-sonhar. Ao adquirir as obras de arte através da MANOEUVRE está, para além de prolongar o gesto do/as artistas plasmado no reconhecimento das suas obras de arte, a defender a possibilidade de continuarem a perseverar nos caminhos da criação. E, claro, a melhorar-sonhar a Terra e a criar, assim, mais Mundo.
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